sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Maresia

Ah Maria!
Que encontrou no mar alguém para
Amar!

Casara-se com um bravo marujo
Exalando marfins
Beijavas as margens dos seus lábios de sal

Marcos, Marcos, Marcos
Deixamo-nos o mar a vida remar
Embarcamo-nos em seus mistérios
Afogando-nos os sobreviventes
Banhados na sede de viver

Revolto, o mar é.
Quebrou-se em ondas
Pérpetuas!
Magnéticas!
Frenéticas!
Quão traiçoeiro era o mar, maremoto!

Maré de desilusões, ilusões e martírios naufragados...

Oferto-te a mim
Também!
Leva-me como uma mariposa que pousa para repousar...

Em Março, no março, de março
Marasmo!
Acalmaria Maria a solidão?
Na amargura dos dias que te resta em vida
Reinventou o mar de tanto mergulhar os seus prantos

Mas Maria ainda o amaria?
O mar que roubou o seu amar...

Ah Maria!
Que encontrou no mar a sua
Sina!

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